LIBERDADE DE SER
Liberdade, um sabor
que quero mais provar.
Embriagar-me, livre,
falando o que quiser.
Nem quero ouvinte.
Só desejo esbravejar.
Jogar meu interior
para fora de mim.
Criticar mães e pais,
o governo que aí está,
a literatura tão fútil,
a imprensa comprada.
Virar-me pelo avesso.
Romper com o silêncio.
Andar e gritar pelas ruas.
Dizer ao que vim e que sou.
Discursar meu não ao não.
Deixar-me de obrigar-me.
Ser apenas um vivente,
livre pelas ruas da cidade.
Quero minha liberdade.
Ser-me como sou e não
como querem que seja,
no sexo ou por normas
sociais, religiosas, legais,
tribais, animais, letais...