O VOTO
O vento virou a página.
O antes tornou-se agora.
O chão está aqui para pisar.
O passo é determinante.
Lentamente, caminho à conclusão:
“Ser mais um herói da nação ou
rastejar pra longe da história?”
“Ou história ainda me fazer
como covarde do voto insensato?”
Marchando contra o hino nacional?...
“Gigante pela própria natureza”?
Ser pequeno do tamanho que sou,
ou gritar minha repulsa aos grilhões,
votando pela coerência dos fatos?...
E grande, inteiro, enfim, me fazer,
na forma de Homem maiúsculo?...
Pesadelo que não me deixa dormir.
Oh!... tal Joaquim, honesto e sério,
por que estás no meu caminho?...
Vestido assim de negro de toga negra?